Pós Jogo: Cruzeiro 2 x 0 Santos

Pós Jogo:
Cruzeiro 2 x 0 Santos

PRÉ JOGO:
Cruzeiro e Santos é um confronto histórico, um jogo que sempre promete grandes emoções e gols, visto que o DNA de ambos os times é ofensivo. Como exemplo de confrontos marcantes, temos o jogo da Taça Brasil em 66, onde o Cruzeiro enfiou 6x2 no Santos de Pelé, Coutinho e cia; pelo lado do Santos, um jogo que ficou na história foi o confronto no Independência, onde o peixe venceu por 4 x 0 com direito a show de Neymar, que ao final do jogo foi aplaudido de pé pela torcida cruzeirense.
O jogo realizado no dia de ontem, dia 18/08/2019 às 16h no Mineirão, domingo, prometia grandes emoções, e o cenário já estava armado, 40.000 pessoas haviam comprado ingressos para assistir a estréia de Rogério Ceni no comando do Cruzeiro. Com seu novo comandante, o time mineiro buscava a sua reabilitação na competição nacional, ao passo que o Santos de Sampaoli, buscava ao menos garantir um ponto para se isolar ainda mais na liderança.

ESCALAÇÃO:

(CRUZEIRO)
Fábio, Orejuela, Dedé, Fabrício Bruno e Egídio; Henrique, Dodô e Thiago Neves; Marquinhos Gabriel, David e Pedro Rocha.

(SANTOS)
Éverson, Evandro, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique e Jorge; Diego Pituca, Carlos Sánchez e Felipe Jonatan; Derlis González, Eduardo Sasha e Soteldo.

PRIMEIRO TEMPO:
Logo aos 57 segundos de jogo, no primeiro lance da partida, Gustavo Henrique perdeu na corrida para Pedro Rocha e interceptou o atacante cruzeirense com uma falta passível de cartão vermelho, visto que se tratava do último homem, e a frente dele só estava o goleiro Éverson. Tal lance talvez tenha sido decisivo para o desfecho do jogo, pois o Santos viu os seus homens sacrificados, tendo que atacar e também defender, não sobrando gás para o contra-ataque santista.
Com um a mais, o Cruzeiro se mandou, e sob orientação de Rogério Ceni, amassava o Santos em seu campo de defesa, muita das vezes descendo com os seus 10 homens de linha para o quadrante defensivo do adversário. A pressão impressa pelo time celeste fez surgir algumas chances logo no primeiro tempo, mais especificamente aos 13 minutos com Dodô, que após bela batida fez Éverson se esticar e espalmar a bola para escanteio.
Vislumbrando a possibilidade de abafar ainda mais o time da baixada santista, Rogério Ceni sacou Egídio e colocou o centroavante Fred aos 24 minutos do primeiro tempo, fazendo com que Dodô saísse da volância e retornasse à lateral esquerda. Tal mudança surtiu efeitos, e logo aos 27 minutos Thiago Neves recebeu uma belíssima bola em condições de finalizar e fazer o gol, contudo, mais uma vez Éverson interviu e evitou o pior para o time santista.
Contudo, o alvinegro praiano não aguentou a pressão por muito tempo, e já no finalzinho da etapa inicial Thiago Neves acionou o centroavante celeste, que só teve o trabalho de dominar e fuzilar a bola no canto direito do goleiro santista, fazendo com que 40 mil cruzeirenses explodissem em alegria após o centroavante celeste acabar com o jejum de 16 jogos sem gols. Pelo lado santista, a única chance de gol veio aos 51 minutos, após falta batida por Sánchez e espalmada por Fábio para escanteio.

SEGUNDO TEMPO:
Intensidade foi a palavra não só dos minutos iniciais da etapa complementar, mas de todo o jogo, o que foi uma grata surpresa para o torcedor cruzeirense, pois o time comandado por Mano Menezes demonstrava apatia em campo, algo totalmente contrário ao que vimos ontem, sob o comando de Rogério Ceni. Exemplo disso é o primeiro lance do segundo tempo, onde Fred faz o pivô para Thiago Neves e o meio campista bate para o gol, ampliando o placar na Toca da Raposa III.
Outras oportunidades foram criadas no decorrer do segundo tempo, evidenciando uma drástica mudança no time do Cruzeiro, que para alguns, já estava de corpo mole para derrubar o treinador Mano Menezes, que apesar de vitorioso, não jogava para frente, apesar de tantas peças de alta capacidade técnica.
Lances relevantes no segundo tempo foram protagonizados por David aos 3 minutos, após cruzamento do lateral direito Orejuela; aos 13 minutos com o próprio Orejuela, que após finalizar a gol fez com que Éverson intervisse, evitando o 3x0 no placar; e por fim, ressaltamos o lance de Fred aos 37 minutos, que após lançamento da esquerda só não fez o seu segundo gol porquê Jorge tirou a bola em cima da linha.

CONSIDERAÇÕES:
O cruzeirense que foi ao campo ou que viu o seu time pela televisão, pôde perceber um time totalmente diferente daquele que até então era comandado por Mano Menezes, pois o elenco estrelado jogou para frente, dominando o jogo do início ao fim, tendo mais posse de bola e finalizando mais. Além disso, como ressaltado anteriormente, o time das Minas Gerais foi bem intenso, muita das vezes colocando os seus 10 jogadores de linha no campo adversário, o que me preocupa, pois temos um time velho e com dificuldades de recomposição, sendo este um ponto de fragilidade, que só não ficou em evidência em razão do desgaste dos atacantes santistas, que desde o início tiveram que atacar e marcar, cansando muito rápido e, desta forma, perdendo a oportunidade de contra atacarem com gás total.